SixDegrees: sete curiosidades sobre a primeira rede social do mundo

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O site SixDegrees é considerado a primeira rede social da web, lançado em 1997, quando a conexão ainda era discada. A proposta do serviço, baseado na teoria dos seis graus de separação, era que as pessoas se conectassem a desconhecidos e formassem laços de amizade – algo inédito até então. A plataforma foi precursora de sites como Orkut, rede social que fez muito sucesso no início dos anos 2000, e Facebook, Instagram e Twitter, que são as mais famosas da atualidade.

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O serviço foi a primeira rede a permitir que os usuários criassem perfis, enviassem convites para amigos e organizassem grupos. O site chegou a ter cerca de 3,5 milhões de usuários – número expressivo para a época –, mas não sobreviveu por muito tempo. Ainda assim, deixou sua marca na história da Internet. A seguir, listamos sete curiosidades sobre o SixDegrees para você saber mais sobre o funcionamento da primeira rede social do mundo.

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1. Tem origem na teoria dos seis graus de separação

A rede social SixDegrees foi batizada conforme a teoria dos seis graus de separação, que defende que cada pessoa no mundo está a seis graus de qualquer outro indivíduo. Em outras palavras, seriam necessários no máximo seis laços de amizade para você chegar a personalidades como Bill Gates, Barack Obama e Oprah Winfrey.

SixDegrees

A teoria foi posta à prova pelo Facebook em 2016, 19 anos após a criação do SixDegrees. Em uma experiência, o Facebook examinou sua base de usuários ativos e chegou a conclusão deli que “todas as pessoas no mundo (no mínimo, entre os 1,59 bilhão de usuários ativos na rede social) estão conectadas a todas as outras pessoas por uma média de 3,5 graus de separação”.

2. Foi a primeira rede a permitir criação de perfis, envio de convite para amigos e organização de grupos

Lançado em 1997, o SixDegrees foi a primeira rede social a permitir que os usuários criassem perfis, enviassem convites para amigos, organizassem grupos e navegassem por perfis de outras pessoas. Embora já houvesse serviços de bate-papo, como o ICQ, esse modelo de conexão era algo totalmente novo até então.

3. Chegou a ter mais de 3,5 milhões de usuários

O SixDegrees alcançou a marca de cerca de 3,5 milhões de usuários. O número pode parecer pequeno se comparado às métricas das redes sociais atuais, mas é bastante expressivo se considerarmos que estamos falando do final dos anos 90.

4. Enviava e-mails para atrair novos membros

Em entrevista para o programa Witness History, da rádio BBC, o criador do SixDegrees, Andrew Weinreich, disse que a rede social usava e-mails para alcançar potenciais novos membros. “[A mensagem] vinha como ‘Nick, Andrew te adicionou como colega ou amigo’, caracterizando a relação das duas pessoas”, explicou. Segundo ele, o e-mail também pedia que o usuário confirmasse a relação e adicionasse novos contatos.

SixDegrees

A estratégia pode parecer antiquada nos dias atuais, mas fazia bastante sentido à época. “Atualmente, chega uma nova mensagem para você e você abomina o spam que recebeu no seu e-mail. Acontece que, no começo, as caixas de entrada não eram desorganizadas. A maioria das pessoas sequer recebia e-mails, então nós ficávamos felizes ao receber uma mensagem nova”, comentou Weinreich.

5. Não tinha fotos

Você consegue imaginar uma rede social sem fotos? Pense como seria entrar no Facebook, por exemplo, e não saber como é o rosto das pessoas porque não há foto do perfil. Certas redes sociais, por sua vez, perderiam completamente o sentido sem o suporte às fotografias, como é o caso do Instagram.

SixDegrees

Se você pudesse se transportar para o final dos anos 90 e navegar no SixDegrees, provavelmente acharia tudo muito estranho, já que a rede social não tinha fotos. Os próprios usuários do SixDegrees sentiam a necessidade de ter uma fotografia associada ao perfil, conforme conta Weinreich em entrevista à rádio BBC.
“Quando lançamos [o SixDegrees], no final da década de 90, a maior parte das pessoas não tinha câmera fotográfica digital. Então começamos a receber a solicitações do tipo ‘Se eu enviar uma foto por correio, vocês poderiam digitalizá-la?’ Fizemos o trabalho de tentar descobrir que tipo de linha de montagem precisaríamos construir para digitalizar fotos e associá-las às contas das pessoas. Eu gostaria que tivéssemos sido capazes de resolver esse problema”, disse Weinreich.

6. Motivos para fracasso

Em 1999, dois anos após seu lançamento, o SixDegrees foi vendido à YouthStream Media Networks por US$ 125 milhões. A rede social foi desativada no ano seguinte. Ainda que o SixDegrees tivesse milhões de usuários registrados, uma parte deles não participava ativamente da rede. Isso porque, no final dos anos 90, a conexão à Internet era bastante instável e limitada. Além disso, não havia muitas coisas para fazer no SixDegrees, cujas funções praticamente se limitavam à adição de amigos.
Entre os motivos para o fracasso do serviço está também o timing: antes da virada do milênio, não parecia haver sentido em se conectar a desconhecidos. Poucos anos mais tarde, entretanto, as pessoas já estavam mais receptivas ao conceito de rede social. Prova disso é que em 2003 foi lançado o MySpace, que se manteve como o maior site de rede social do mundo até junho de 2008.

7. Serviu de inspiração para outras redes

SixDegrees

O sucesso do SixDegrees, ainda que relâmpago, abriu caminho para o surgimento do Friendster, em 2002. O site usou um conceito de grau de separação bem parecido com o da extinta rede social, apelidou-o de “Círculo de Amigos” e promoveu a ideia de que uma comunidade online só pode existir entre pessoas que realmente têm interesses comuns. Nos dois anos seguintes, 2003 e 2004, surgiram o MySpace e o Facebook, respectivamente. Ambas redes sociais aproveitaram a arquitetura e incorporaram recursos do SixDegrees.

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